Entendendo .shtml: O que é e ainda faz sentido usar?


No vasto mundo do desenvolvimento web, tecnologias vêm e vão, mas algumas ainda permanecem ativas, mesmo que de forma limitada. Um desses exemplos é o .shtml. Mas afinal, o que é .shtml, como ele funciona, e ainda faz sentido usá-lo em projetos modernos? Vamos explorar esses pontos.

O que é .shtml?

O .shtml é um tipo de arquivo que permite a inclusão de conteúdo dinâmico em páginas HTML através do uso de Server Side Includes (SSI). Esses arquivos são processados pelo servidor web antes de serem enviados ao navegador, permitindo a inserção de conteúdo como cabeçalhos, rodapés, ou até mesmo a execução de scripts CGI.

Exemplo básico de .shtml:

<!DOCTYPE html>
<html lang="en">
<head>
    <meta charset="UTF-8">
    <meta name="viewport" content="width=device-width, initial-scale=1.0">
    <title>Exemplo SHTML</title>
</head>
<body>

<!-- Inclui o conteúdo de um arquivo de cabeçalho -->
<!--#include virtual="header.html" -->

<h1>Bem-vindo ao Exemplo de SHTML!</h1>
<p>Este é um exemplo simples de como usar Server Side Includes (SSI).</p>

<!-- Exibe a data atual -->
<p>Data de hoje: <!--#echo var="DATE_LOCAL" --></p>

<!-- Inclui o conteúdo de um arquivo de rodapé -->
<!--#include virtual="footer.html" -->

</body>
</html>

Nesse exemplo, o arquivo .shtml inclui o conteúdo de dois arquivos externos (header.html e footer.html) e exibe a data atual.

.shtml vs. PHP: Qual a diferença?

Uma comparação inevitável ao falar de .shtml é com o PHP, que também permite a inclusão de arquivos e muito mais. Veja como esses dois métodos se comparam:

  • Processamento no servidor: Ambos são processados no servidor, mas o PHP é uma linguagem de programação completa, permitindo lógica condicional, loops, e integração com bancos de dados. Já o SSI, usado em .shtml, é mais limitado e se concentra em tarefas simples como incluir arquivos e mostrar variáveis de ambiente.
  • Simplicidade: .shtml é mais simples de configurar e usar, mas essa simplicidade vem à custa da flexibilidade. Para projetos que exigem mais lógica e interatividade, o PHP seria uma escolha mais robusta.

Exemplo em PHP:

<?php include 'header.php'; ?>

<h1>Bem-vindo ao Exemplo PHP!</h1>
<p>Este é um exemplo simples de como usar include em PHP.</p>

<p>Data de hoje: <?php echo date('Y-m-d H:i:s'); ?></p>

<?php include 'footer.php'; ?>

.shtml em Aplicativos Modernos e PWAs

No contexto de aplicativos modernos, especialmente os Progressive Web Apps (PWAs), o .shtml não é viável. PWAs dependem de tecnologias client-side, como JavaScript, Service Workers e Cache API para funcionar offline. Como o .shtml é processado no servidor, ele não pode ser utilizado para ações offline em PWAs.

Alternativas para PWAs:

  • JavaScript para Dinamismo: Use JavaScript para carregar conteúdo dinamicamente.
  • Templates Client-Side: Utilize sistemas de templates ou frameworks como React ou Vue.js.
  • Pre-renderização: Gere o conteúdo dinamicamente no build do PWA.

Vale a pena usar .shtml hoje?

A resposta depende do contexto. Se você está lidando com um sistema legado que ainda utiliza SSI e .shtml, pode ser prático manter essa abordagem. No entanto, para novos projetos, o uso de tecnologias mais modernas e flexíveis, como PHP, JavaScript, ou frameworks front-end, é geralmente preferível.

Conclusão

O .shtml é uma tecnologia que ainda tem sua utilidade em certos contextos, especialmente em sistemas legados. No entanto, com a evolução do desenvolvimento web, outras soluções mais robustas e flexíveis, como PHP e JavaScript, geralmente são preferidas para novos projetos. Em particular, para PWAs e aplicações que exigem funcionalidades offline, o .shtml não é a escolha ideal, sendo melhor recorrer a alternativas mais modernas.

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